Nesta segunda-feira (04) foi condenado à pena de morte, o ex-professor Herry Wirawan, de 36 anos, acusado do estupro de 13 estudantes e engravidar ao menos 8 das vítimas de um internato islâmico em Bandung, na Indonésia. O dono e ex-professor do internato estuprava meninas com faixa etária entre 11 a 16 anos.
Em fevereiro deste ano, Wirawan havia sido condenado à prisão perpétua, mas os promotores recorreram da decisão, solicitando uma punição mais severa. O caso foi descoberto no ano passado, quando a família de uma das vítimas descobriu que a filha estava grávida e denunciou à polícia.
O ex-professor que havia aberto o internato desde 2016, se declarou culpado e pediu desculpas às suas vítimas e suas famílias durante o julgamento no tribunal. Ele pediu perdão ao tribunal como único provedor para sua esposa e seus dois filhos.
No julgamento, ficou provado que os crimes vinham acontecendo por pelo menos cinco anos contra alunas de famílias mais pobres e que ganhavam bolsas de estudos.
Parentes das vítimas comemoraram a condenação do acusado.
" Queríamos penas de prisão perpétua e castração química para que ele sentisse a dor de seu crime, mas ainda sentimos que a sentença de morte representa justiça "disse o tio de uma das vítimas.
O caso de Wirawan trouxe à tona a revolta da população na Indonésia sobre as taxas de violência sexual e abuso de mulheres, o que provocou muitos pedidos para que um projeto de lei de erradicação da violência sexual fosse aprovado.
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Religiosos e grupos islâmicos argumentaram que o projeto de lei – que visava definir assédio sexual, estupro conjugal e outras formas de violência sexual como crimes – também teve o efeito de promover a promiscuidade sexual, uma afirmação fortemente rejeitada pelos proponentes do projeto.
O governo indonésio pagará até 85 milhões de rupias indonésias em compensação a cada vítima.