Nesta manhã (sexta-feira,8), está marcada uma reunião entre as lideranças do PT e do PSB, em um hotel na zona sul de São Paulo para definir os últimos detalhes da chapa que reunirá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin.
Na reunião devem estar presentes Lula, Alckmin, Carlos Siqueira(presidente do PSB) e Gleisi Hoffmann(presidente do PT), além de outros políticos como Fernando Haddad e o senador Randolfe Rodrigues.
Neste momento serão estabelecidos pontos importantes, como a divulgação oficial da aliança entre os dois partidos, a data de apresentação da candidatura de Lula à Presidência da Republica, e como será feita a campanha. Espera-se que Lula faça campanha nas regiões onde ele historicamente tem mais eleitores que são o Norte e o Nordeste. Alckmin, por sua vez, sairia em campanha nas regiões onde o PT precisa ganhar mais representação que são o Sul, Centro-Oeste e o Sudeste.
A aliança tem sido vista no meio político como uma das maiores incoerências da história politica brasileira, visto que anteriormente, Lula e Alckmin estavam de lados opostos do jogo político. Porém, para ambas as partes, é uma tentativa de ganhar força nessas eleições, visto que nos últimos anos Alckmin tem tido uma popularidade baixa e Lula precisa ganhar a confiança do povo brasileiro para voltar a cogitar uma vitória na disputa pela presidência da República.
Essa semana foi marcada por declarações do ex-presidente que preocuparam seus apoiadores. Lula afirmou que o aborto é uma questão de saúde pública e que deveria ser legalizado no Brasil. Outra declaração polêmica foi dizer que manifestantes fossem incomodar os deputados em seus domicílios, "conversar com ele, com a mulher e com os filhos dele, incomodar a tranquilidade dele. Se a gente quiser causar o efeito, a gente tem que mudar o jeito de pressionar", declarou o político em um evento em São Paulo.
Leia mais...
O Sul-Americano de futebol feminino sub-20 vai ser disputado entre os dias 6 a 24 de abril no Chile.
O começo conturbado do Corinthians
As declarações do ex-presidente repercutiram negativamente entre os deputados, o Deputado Federal Luiz Lima (PL-RJ) comparou Lula à Evo Morales, "será que se o Lula trocasse a palavra deputado pelas palavras ministro do supremo, a gente viria uma mágica, uma reação diferente?" declarou.
Já a Deputada Carla Zambelli declarou em um vídeo publicado em suas redes sociais " a minha família é sagrada, o meu lar é inviolável, na minha casa tem pistola, e olha mãe(falando com a mãe dela que entra na sala), se vier vagabundo aqui ameaçar a senhora e ameaçar meu filho, a senhora está autorizada a pegar a pistola e 'meter chumbo', porque aqui vale a lei da legítima defesa."
Em meio a declarações polêmicas, alianças controversas e acusações, o ex-presidente Lula terá um longo caminho até conseguir chegar ao Palácio do Planalto.
Seguiremos acompanhando.